Gerês: locais a visitar, trilhos, gastronomia e alojamento
Exótico, selvagem, revitalizante e inspirador… Estes são alguns dos adjectivos que uso para descrever um dos locais mais apaixonantes que visitei até hoje: o Gerês.
O seu aspecto inóspito e inacessível, onde brilham os enormes morros de rocha nua, desfiladeiros e precipícios tornam-no único, e, ao mesmo tempo, reflete uma ligação harmoniosa de séculos entre território e pastores. Estes, através da “vezeira” do gado, transformaram a paisagem marcando os trilhos e construindo os prados, sempre com respeito pelos recursos naturais.
Este artigo que escrevo é também uma forma de agradecimento e homenagem a estes homens, pelo seu zelo e dedicação na manutenção das cabanas e percursos destas magnificas paisagens serranas.
Após 15 anos de visitas pelo Parque Nacional da Peneda Gerês, faço neste artigo uma compilação das minhas experiências, desde locais a não perder, trilhos pedestres, gastronomia e alojamento.
Espero que este artigo o inspire e ajude a planear a sua viagem ao Gerês.
1 – Como Chegar?
O acesso ao Parque Nacional da Peneda Gerês é feito sobretudo por quatro eixos viários: EN 202 que liga Melgaço a Castro Laboreiro, a EN 203 que liga Ponte da Barca e Arcos de Valdevez ao Soajo e Lindoso, a EN 308 que liga Amares à vila do Gerês (sendo esta a principal via de penetração), a EN 103 que liga Braga a Montalegre com entrada em Fafião ou Cabril via Venda Nova e a EM 308 que liga Montalegre a Cabril.
Se partir do Aeroporto Francisco Sá Carneiro no Porto numa viagem de carro alugado, demorará em média de 1h30 até ao centro do Parque Nacional.
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2 – Qual a melhor altura para visitar?
Qualquer altura é boa para visitar o Gerês, mas eu aconselho a Primavera e Outono. O Verão pode ser um pouco agressivo, principalmente na montanha, devido ao calor intenso. A confusão é também maior e em qualquer parte do Parque Nacional encontramos grandes grupos de turistas, sendo complicado estacionar e encontrar um lugar vago num restaurante para almoçar. O Inverno costuma ser muito rigoroso, não tanto pela neve, até porque dá para fotografias excelentes, mas a chuva e principalmente o nevoeiro são desencorajadores e até potencialmente perigosos para quem faça algum trilho pedestre nessas condições.
3 – Quanto tempo é necessário para visitar?
Pela minha experiência, são precisos pelo menos 3 dias completos, para visitar os locais mais importantes e poder fazer pelo menos uma actividade na natureza, nomeadamente um percurso pedestre. Antes de partir para a viagem, veja neste artigo como pode organizar uma rota dos sítios a visitar, mas deixe algum espaço livre para improvisar e fazer algo que não está nos seus planos, até porque durante a viagem vão surgindo locais que não aparecem nos roteiros onde poderá passar um tempo extra.
Além disso, a rede viária desta região é bastante sinuosa, logo irá perder mais tempo nas deslocações, mas, ao mesmo tempo, aproveite para desfrutar das paisagens deslumbrantes.
4 – Onde dormir / Alojamento no Gerês?
São perto de 500 unidades de alojamento dentro do Parque Nacional, distribuídas por alojamento local, hotéis, apartamentos e villas. Existem também alguns parques de campismo. De acordo com o tipo de alojamento, os preços podem variar entre os 20 e os 200 euros por noite. O custo é maior durante os fins de semana e épocas altas, como os meses de Julho e Agosto e alguns feriados com pontes.
Da minha experiência posso recomendar a Quinta da Veiga ou o Hotel Adelaide que é igualmente uma excelente opção, se quiser ficar no centro da vila do Gerês.
Se vai viajar em grupo, aconselho a Casa de Entre Palheiros na freguesia de Sezelhe, em Montalegre. Se pretender outro alojamento faça aqui a sua reserva.
5 – Como explorar o Gerês?
Dependendo da sua origem, pode explorar o Parque no sentido nascente-poente ou o inverso. Por exemplo, pode entrar pelo lado de Montalegre e começar por Pitões das Júnias em direcção à Vila do Gerês. A partir daqui pode seguir noroeste para a parte da Serra Amarela e Serra do Soajo até terminar em Castro Laboreiro. Veja o mapa que fiz no ponto 8 por locais de interesse e cores que correspondem a cada um dos três dias.
6 – Que locais a visitar no Gerês?
Concelho de Montalegre (Distrito de Vila Real)
1 – Aldeia de Pitões das Júnias
Uma das mais típicas aldeias de Montalegre, Pitões das Júnias destaca-se pela sua implantação junto ao Gerês e pelo centro histórico bem cuidado. Não deixe de provar os seus produtos locais, desde as carnes ao famoso pão de Pitões. Reserve alojamento em Pitões das Júnias.
2 – Mosteiro de Pitões das Júnias
As origens do Mosteiro de Pitões das Júnias parecem remontar ao século IX, onde funcionaria como um ermitério. Posteriormente, passou para a Ordem Beneditina até à sua extinção em 1834. Está classificado como Monumento Nacional.
3 – Cascata de Pitões
Os seus 30 metros de altura, fazem-na numa das mais belas quedas de água de todo o Parque Nacional. O acesso à Cascata de Pitões é feito por passadiços de madeira, tornando o passeio numa caminhada muito agradável.
4 – Torre do Boi de Travassos
Este curioso e singular monumento situado no lugar de Travassos, representa a importância do boi, como símbolo do Barroso e da sua força espelhada nas inúmeras vitorias que obteve nas chamadas “chegas de bois“.
5 – Albufeira de Paradela
A Albufeira de Paradela está situada no limite do parque nacional, marcando o final do território mais rural e o inicio da paisagem mais inóspita. Foi concluída em 1956.
Albufeira de Paradela em Montalegre
6 – Cascata de Cela Cavalos
Localizada entre as aldeias de Cela e Lapela, a Cascata de Cela Cavalos é uma queda de água com lagoa na Ribeira das Cavadas . Este é um local muito tranquilo, ideal para relaxar. Também existem alguns moinhos antigos nas imediações da cascata.
Cascata de Cela Cavalos
Concelho de Terras de Bouro (Distrito de Braga)
7 – Miradouro de Pedra Bela
Este miradouro consta em todos os roteiros de turismo do Parque Nacional. Não perca a oportunidade de poder desfrutar de uma panorâmica privilegiada sobre todo o vale do Rio Gerês até à Barragem de Caniçada.
Miradouro de Pedra Bela com vista para a Barragem da Caniçada
8 – Cascata do Arado
É provavelmente a cascata mais famosa do Gerês e localiza-se no Rio Arado, freguesia de Vilar da Veiga, Terras de Bouro. Este é um dos locais mais visitados pelos turistas do Parque Nacional, sobretudo na Primavera e no Verão. Se gostar de caminhadas, suba a colina e desfrute da paisagem do Vale Teixeira.
Cascata do Arado
9 – Albufeira da Caniçada
Quem entra no Gerês pelo lado sul em direção à vila termal do Gerês, encontra a enorme massa de água conhecida por Albufeira da Caniçada. Esta barragem divide os concelhos de Vieira do Minho e Terras de Bouro e foi construída em 1956. É aqui que se juntam muitos turistas para a prática desportos de água, como o jetski e a canoagem.
Barragem da Caniçada
10 – Vila do Gerês
A vila do Gerês é muito conhecida pelas águas termais. É aqui que estão concentradas as unidades hoteleiras e os restaurantes. Reserve alojamento na vila termal.
11 – Cascata da Portela do Homem
Ao longo do Rio Homem são visíveis várias quedas de água e a Cascata da Portela do Homem é uma das mais fotogénicas. Na época de maior calor são muitos os que aqui se refrescam nestas águas límpidas. O acesso é fácil, distando poucos metros da Estrada Nacional que segue para a Portela do Homem.
Cascata de Portela do Homem – Rio Homem
12 – Portela do Homem
A Portela do Homem é a zona fronteiriça com Espanha e zona de passagem da famosa estrada romana conhecida por Geira, que ligava Bracara Augusta (Braga) a Asturica Augusta (Astorga).
Portela do Homem: fronteira em Portugal e Espanha
13 – Mata da Albergaria
É uma das áreas mais bonitas do Parque mas também das mais sensíveis a nível ambiental. A Mata da Albergaria é um bosque onde predominam os carvalhos e outras espécies de grande valor paisagístico e natural. Dada a fragilidade deste ecossistema, a sua visita é condicionada, sobretudo de acesso automóvel. Informe-se junto do ICNF sobre as condições de visita.
Zona protegida da Mata da Albergaria
14 – Minas dos Carris
Este antigo complexo mineiro, situado a quase 1500m de altitude, é verdadeiramente fascinante. Não só pela sua implantação, no alto da serra, dominando uma vasta paisagem que inicia no Prado das Negras, mas também pela dinâmica económica que criou desde a sua origem na década de 40, em plena 2ª Guerra Mundial. As minas atingiram o auge durante os anos 50, época de grande procura do volfrâmio, até ao seu declínio no final dos anos 70. A única forma de chegar às minas é através de pé posto e o percurso tem uma extensão aproximada de 20km (ida e volta). No entanto, este local está em zona de protecção do Parque Nacional. Informe-se junto do ICNF sobre as condições de visita. Se quer saber mais sobre as Minas dos Carris, consulte este blog, onde encontra fotos, informação e muitas histórias.
Minas dos Carris, um dos locais com maior mística de toda a Serra do Gerês
15 – Albufeira de Vilarinho da Furna
A Albufeira de Vilarinho da Furna localiza-se em Terras de Bouro e forma um belo espelho de água alimentado pelo rio Homem. A sua construção em 1971 submergiu a aldeia antiga e comunitária de Vilarinho da Furna. Quando o nível das águas está mais baixo, é possível observar as ruínas das habitações, muros e caminhos.
Albufeira de Vilarinho da Furna
16 – Santuário de São Bentinho da Porta Aberta
É durante o mês de Agosto, que se assiste à peregrinação de pessoas vindas de todo o noroeste português ao Santuário de S. Bentinho da Porta Aberta, em Rio Caldo, concelho de Terras de Bouro no limite do Parque da Peneda Gerês.
A história deste templo remonta aos meados do séc. XVII, onde existia neste local uma capela que possuía um alpendre que tinha sempre as portas abertas, servindo de abrigo a quem por ali passava, originando assim a designação de S. Bentinho da Porta Aberta.
Já fiz esta peregrinação várias vezes, mas a que mais me marcou foi uma que iniciou em Montalegre e durou mais de 12 horas e quase 70 km de caminhada!
Reserve alojamento em Rio Caldo.
Santuário de São Bentinho da Porta Aberta
Concelho da Ponte da Barca (Distrito de Viana do Castelo)
17 – Aldeia do Lindoso
É o castelo e o magnifico conjunto de espigueiros que fazem do Lindoso, uma das aldeias mais conhecidas do Norte de Portugal. Os espigueiros concentram-se em volta de uma única eira, espelhando desta forma a importância do comunitarismo, muito típico das aldeias de montanha.
Espigueiros da aldeia de Lindoso
18 – Albufeira do Lindoso
Foi em 1992 que foi concluída a Barragem do Alto Lindoso, infraestrutura que segura as águas do Rio Lima. Este sistema é um dos maiores produtores de energia de Portugal e está situado entre os concelhos de Ponte da Barca e Arcos de Valdevez.
Albufeira do Alto Lindoso do lado de Ponte da Barca
Concelho de Arcos de Valdevez (Distrito de Viana do Castelo)
19 – Aldeia do Soajo
A aldeia do Soajo localiza-se na parte sudeste do concelho de Arcos de Valdevez. Os principais pontos de interesse a visitar são o Pelourinho e o conjunto de 24 espigueiros, construídos sob um enorme rochedo. Reserve alojamento no Soajo.
Espigueiros da aldeia do Soajo em Arcos de Valdevez
20 – Mezio
Finda a passagem no Soajo, pode visitar o Núcleo Megalítico do Mezio (uma área arqueológica constituída por várias mamoas, entre as quais a famosa Anta do Mezio) e o Centro de Interpretação do Mezio, que contém informações sobre o património cultural e biodiversidade da região.
Centro de Interpretação do Mezio
21 – Santuário da Senhora da Peneda
É num cenário verdadeiramente pitoresco que se encontra o Santuário da Peneda. Este templo construído durante os séculos XVIII e XIX , foi implantado no vale encaixado do Rio Peneda, onde no seu topo, se ergue destacada a Fraga da Meadinha, um enorme morro granítico que desafia a perícia dos amantes da escalada. Este é um grandioso local de culto que atrai peregrinos de todo o lado, principalmente no inicio de Setembro, data em que ocorre a principal romaria. O seu desenho foi inspirado no Santuário do Bom Jesus em Braga onde é claramente visível a semelhança entre as igrejas e os escadórios.
Santuário da Senhora da Peneda e a Fraga da Meadinha no topo
22 – Pântano Chã do Monte
Subindo pelo Trilho da Peneda encontramos o Pântano da Chã do Monte, que funcionou como uma minihidríca para produção de energia para esta região. Permite ainda conhecer a Fraga da Meadinha. Este é um bom local para fotografar o contraste entre a água e os rochedos.
Pântano da Chã do Monte
23 – Miradouro do Vale da Peneda
Miradouro situado na estrada que liga o Soajo à Gavieira e que oferece ao viajante vistas fabulosas sobre o Vale da Peneda.
Miradouro do Vale da Peneda
Concelho de Melgaço (Distrito de Viana do Castelo)
24 – Aldeia de Castro Laboreiro
Um passeio pelo centro histórico é uma boa forma de aproveitar o tempo em Castro Laboreiro. Percorra os arruamentos antigos e aprecie o núcleo de casas construídas em pedra de cantaria. Graças à qualidade do trabalho dos pedreiros, ainda são visíveis vários exemplares em bom estado de conservação. Reserve alojamento em Castro Laboreiro.
Igreja Matriz na Aldeia de Castro Laboreiro
25 – Castelo de Castro Laboreiro
O castelo de Castro Laboreiro, não só pela sua importância histórica, mas também pelo seu impacto visual. A origem desta fortificação terá sido contemporânea do reinado de D, Afonso Henriques, no contexto de defesa das fronteiras do reino. Durante séculos sofreu vários ataques dos reinos de Leão e Castela, motivo pelo qual se tornou necessário reforçar e ampliar a sua linha de muralhas. Está classificado como Monumento Nacional.
Castelo de Castro Laboreiro
Se preferir em alternativa uma visita guiada, pode comprar aqui o seu tour.
7 – Quais os trilhos pedestres que posso fazer na Peneda Gerês?
A rede de trilhos pedestres existente dentro da Peneda Gerês é um dos grandes motivos de atracção de visitantes a resta região. Neste ponto, apresento os trilhos pedestres que fiz pela Peneda Gerês (a maioria deles a totalidade do percurso e alguns parcialmente):
Montalegre
1 – Trilho da Vezeira
O Trilho da Vezeira é um dos trilhos mais conhecidos do Gerês e aquele que exige mais preparação física, uma vez que tem um percurso superior a 20 km e um desnível que varia entre 500m e 1260m. O trilho começa na aldeia de Fafião e sobe em direcção a Porta Ruivas, Sombrosas e Fichinhas passando pelos prados da Touça, Conho e nas míticas Rocalva e Roca Negra. Aconselhável apenas para quem tem experiência de montanha e boa forma física.
2 – Trilho do Rio
O Trilho do Rio situa-se, em parte, dentro do Parque Nacional e possui uma extensão aproximada de 22 km. Com inicio e fim em Fiães do Rio, este percurso passa por várias aldeias como Paredes, Covelães, Travassos e Frades, mostrando o melhor que existe nestes povoados: a arquitetura rústica e claro, os seus habitantes.
Terras de Bouro
3 – Trilho dos Prados da Messe
É na Portela de Leonte que começa o Trilho dos Prados da Messe. Este percurso desenvolve-se em pleno Gerês, passando pelos Prados do Vidoal, Lomba do Pau, Conho e da Messe, terminando na Mata da Albergaria. Trata-se de uma caminhada com um desnível bastante acentuado pelo que, é importante ter uma boa forma física. Para fazer esta actividade, é necessário uma autorização do ICNF. Aconselhável apenas para quem tem experiência de montanha. Veja aqui mais informação sobre este percurso.
4 – Trilho Cidade da Calcedónia
Com inicio na aldeia de Covide, o Trilho Cidade da Calcedónia leva-nos a uma viagem no tempo, mais concretamente a um castro da Idade do Ferro com possível ocupação romana, conhecido por Calcedónia. É um percurso com apenas 7 km de extensão, mas com um nível de dificuldade superior devido à subida íngreme em direcção à fenda da Calcedónia.
5 – Trilho Moinhos e Regadios Tradicionais
Percurso pedestre com 9 km de extensão que percorre as aldeias rurais de Lagoa, Sequeirós e Pergoim, pertencentes à freguesia de Chamoim.
6 – Trilho da Serra Amarela
Trilho pedestre que percorre a Serra Amarela ao longo de 35 km. O nível de dificuldade é bastante elevado face à sua extensão e exigência física, portanto considere em fazer o percurso em 2 dias. Um dos pontos altos da caminhada é a passagem pela Albufeira de Vilarinho da Furna.
7 – Trilho dos Currais
Espinheira, Carvalha das Éguas e Lomba do Vidoeiro, são os currais visitados neste percurso com cerca de 10 km de extensão. O trilho tem um formato circular e inicia no lugar do Vidoeiro, perto da vila do Gerês. Veja aqui o meu artigo sobre o Trilho dos Currais (PR3).
Melgaço
8 – Trilho do Castelo
Percurso com aproximadamente 2km que nos leva até ao Castelo de Castro Laboreiro. Apesar de ser um percurso de curta duração vale pela paisagem dominada por belos afloramentos rochosos e pela imponência do castelo e as muralhas medievais.
Sites oficiais dos municípios com a rede de trilhos pedestres:
Município de Terras de Bouro
Município de Arcos de Valdevez
Nota Importante:
Antes de fazer um trilho pedestre, verifique se o mesmo não está inserido nas zonas de protecção do Parque Nacional da Peneda Gerês. Se for o caso e dependendo do numero de pessoas que fazem a actividade, é possível que tenha que solicitar ao ICNF, a entidade responsável pela gestão do Parque, uma autorização para a realização da mesma. Consulte aqui o site do ICNF para mais informação.
Outras recomendações importantes:
• Não saia do trilho marcado e sinalizado.
• Evite fazer ruídos.
• Respeite a propriedade privada.
• Não abandone o lixo, leve-o até ao respectivo local de recolha.
• Não incomode os animais. Cuidado com o gado.
• Não recolha plantas, animais ou rochas. Deixe a natureza intacta.
• Faça fogo apenas nos locais destinados para o efeito.
Cuidados a ter:
• Tenha o máximo cuidado nos dias de nevoeiro, chuvas e trovoadas.
• Nunca vá sozinho para a montanha, mas se for, informe um amigo ou familiar do trilho que vai fazer
• Antes de fazer o trilho, verifique a sua forma física.
• Utilize sempre botas de montanha, impermeável e um chapéu.
• Esteja munido com alimentos, água, protetor solar. Não se esqueça do telemóvel e gps. Lanterna e isqueiro são recomendáveis.
• Durante a caminhada, muito cuidado com as zonas escorregadias nos afloramentos rochosos. Uma simples queda pode trazer graves consequências.
8 – Como planear o roteiro pelo Parque Nacional da Peneda Gerês?
É muito fácil planear o roteiro para visitar o Gerês. Tendo em conta que dispomos de uma viatura e de 3 dias completos para visitar os principais pontos de interesse, vou mostrar de que forma podemos organizar um roteiro pelo Parque Nacional da Peneda Gerês.
dia 1 (pins azuis) – Pitões das Júnias, Torre do Boi de Travassos, Barragem de Paradela, Cascata de Cela Cavalos, Trilho pedestre (opcional)
dia 2 – (pins amarelos) Barragem da Caniçada, Vila do Gerês, Cascata do Arado, Miradouro da Pedra Bela, Mata da Albergaria, Cascata da Portela do Homem, Portela do Homem, Minas dos Carris (opcional), trilho pedestre (opcional) Albufeira de Vilarinho da Furna
dia 3 – (pins vermelhos) Aldeia do Lindoso, Albufeira do Lindoso, Mezio, Aldeia do Soajo, Miradouro do Vale da Peneda, Santuário da Senhora da Peneda, trilho pedestre (opcional) Pântano Chã do Monte, Castro Laboreiro
Mapa do Parque Nacional da Peneda Gerês
9 – Gastronomia, o que provar?
A região da Peneda Gerês é muito famosa pela qualidade dos seus produtos locais, seja nas carnes, peixe e doçaria. Nas entradas comece pela broa de milho ou centeio, presunto, enchidos e os queijos. No prato principal, saboreie a posta barrosã, acompanhada por batata a murro bem regada com azeite. O cabrito assado é outra especialidade das terras altas do Parque Nacional. Se a viagem decorrer no Inverno não deixe de provar o cozido. Irá ficar deliciado com a mistura perfeita das carnes de porco, vaca e galinha acompanhada por couves, batatas, cenouras, nabos e feijão. Se preferir peixe, pode optar pela truta recheada. Adoce o fim da refeição com um bucho doce ou charutos de ovos moles.
10 – Restaurantes, onde ir?
A oferta de restaurantes nesta região é bastante diversificada, estando a sua maioria localizados na vila do Gerês. Da minha experiência, os preços das refeições andam mais ou menos equiparados, ou seja entre os 15 e os 25 euros por pessoa. Dos restaurantes que já visitei, deixo aqui algumas boas sugestões:
- Castro Laboreiro:
Miradouro do Castelo, Vila, 4960-061 Castro Laboreiro, Melgaço. Tel. (bacalhau com broa, posta ou cabrito assado) – preço por pessoa: 15-25 euros.
- Gerês
Adega do Ramalho,
(Dobrada ou cabrito assado) – preço por pessoa: 15-20 euros.
Churrasqueira Parque,
(Grelhados, saladas) – preço por pessoa: 10-15 euros.
Restaurante Geresino, Rua Tude de Sousa 21,4845-081,Gerês, 4845-081 Gerês
(Posta ou bacalhau na brasa) – preço por pessoa: 15-25 euros.
Restaurante Casa Capela, Gerês
(Cabrito no forno) – preço por pessoa: 15-25 euros.
- Covelães
Restaurante Monte Alegre, Rua do Casal ao Barreiro 5470-091 Covelães, Montalegre
(Cozido à portuguesa, vitela, costeleta de novilho) – preço por pessoa: 10-20 euros.
- Cabril
Restaurante Ponte Nova, Rua 25 de Abril, N° 30 , 5470-013 Cabril, Montalegre. Tel.
(Cozido à portuguesa, vitela, costeleta de novilho) – preço por pessoa: 10-20 euros.
- Pitões das Júnias
Restaurante Dom Pedro, , Montalegre. Tel.
(Cozido à portuguesa, posta barrosã) – preço por pessoa: 10-20 euros.
Restaurante Casa do Preto, , Montalegre. Tel.
(Cozido à portuguesa, vitela, costeleta de novilho) – preço por pessoa: 10-20 euros.
11 – Quanto vou gastar?
Fazendo a estimativa às despesas realizadas por casal, esta viagem deverá ter o seguinte custo:
Alojamento (2 noites, média 40 euros/noite) = 80 euros
Alimentação (2 jantares e 3 almoços, média 13 euros/pessoa por refeição) = 130 euros
Combustível (aprox. 250km) = 30 euros
Outros = 30 euros
Total do custo da viagem (valor aproximado) = 270 euros por casal / 135 por pessoa
Precisa de ajuda para elaborar um roteiro na Peneda Gerês? Entre em contacto comigo por email.
É maravilhos andar pelo Gerês e encontrar vacas, cavalos selvagens e até veados pelas montanhas 🦌🦌
Ando em falha com o Gerês. Logo aqui ao lado e ainda não tive tempo de regressar para escrever sobre ele. Gosto muito, especialmente dos trilhos maravilhosos que fiz aí. Saudade.
Que ótima dica em Portugal. Uma combinação de trilhas, vilas e natureza bem original. Achei interessante e prática a indicação do sentido do passeio: nascente-poente ou vice-versa.
Roteiro completíssimo para visitar o Parque Nacional da Peneda Gerês, você já deixou tudo prontinho para nós. Obrigada pelas informações.
Quantos locais lindos para visitar em Geres!! Adorei a vista da Albufeira de Paradela, fiquei encantada e inspirada a conhecer essa região.
Obrigada por todas as informações sobre Gerês, principalmente dos locais a visitar e de alojamento. Você também sabe de opções para chegar de transporte público?