6 aldeias para ver em Cabeceiras de Basto
Escrevo este artigo tentando ser o mais imparcial possível mas tal… é quase impossível porque estou a escrever sobre a minha terra natal: Cabeceiras de Basto!
Para quem não conhece, este concelho localiza-se no extremo Este do distrito de Braga, na fronteira entre Minho e Trás-os-Montes, com o rio Tâmega a marcar essa divisão. Cabeceiras de Basto distingue-se de outros concelhos do Minho pela sua dupla identidade marcada pela orografia: uma no Sul, de cotas menos elevadas, tipicamente minhota, um território mais urbanizado e desenvolvido, distinguido pelo povoamento disperso, pontuado por casas solarengas e uma imensa paisagem agrícola marcada pela vinha; a outra a Norte: em zona de montanha, tipicamente transmontana, mais pobre e pouco povoada, caracterizada pelo povoamento concentrado e em seu redor, os lameiros de regadio.
Na globalidade do concelho existe uma grande variedade de recursos de interesse natural e cultural (que pretendo abordar no blog mais à frente), mas na minha opinião, é no Norte em plena Serra da Cabreira, que está o grande valor desta terra: as aldeias de montanha!
Obviamente, quando falo das aldeias, não me esqueço do território que as envolve, seja espaço florestal ou agrícola.
Podia escrever vários artigos sobre cada uma delas, mas vou fazer uma escolha sintetizada das minhas 6 aldeias favoritas, na esperança que estas se tornem num motivo de visita para os leitores e fãs do Espírito Viajante!
Iremos fazer uma pequena viagem pelas aldeias da serra da Cabreira onde vamos ver espigueiros, capelas, cruzeiros, casas de lavrador, paisagens agrícolas…enfim, motivos mais que suficientes para vires descobrir a minha terra!
Vamos lá saber quais as 6 aldeias para ver em Cabeceiras de Basto??
1 – Carrazedo, Bucos
Em 1938 esteve perto de ganhar o Galo de Prata para o concurso da “Aldeia mais portuguesa de Portugal“! Trata-se de uma aldeia que ainda conserva um bom núcleo de casas ainda com a traça original, mas o que a torna muito especial é pelo seu enorme espigueiro, talvez o maior de Portugal!!
2 – Busteliberne, Cabeceiras de Basto
Segundo o historiador Leite de Vasconcelos, este curioso topónimo terá derivado de Busto do Liberne (o liberne é uma espécie de gato selvagem)! Devido ao seu valor arquitectónico, esta aldeia está protegida por um Plano de Pormenor e faz parte do roteiro das Aldeias do Norte de Portugal!
3 – Torrinheiras, Abadim
A aldeia mais alta de Cabeceiras de Basto! A aldeia das Torrinheiras já se encontra a mais de 1000 metros de altitude e está na fronteira do concelho com Montalegre. É um aglomerado muito pequeno, mas com um enquadramento fantástico. Dá um passeio pela rua central, admira o cruzeiro de cronologias proto-históricas e medievas e sobe ao Alto das Torrinheiras nos seus 1191m.
4 – Moscoso, Riodouro
A aldeia de Moscoso está voltada para um dos locais mais belos do concelho: o vale da Ribeira de Cavez! É neste vale que se encontra um morro granítico em forma de bico, que é conhecido por Nariz do Mundo, e foi este mesmo nome adoptado pela adega regional da aldeia, que se tornou num caso de sucesso regional trazendo todos os fins de semana autocarros cheios de gente! Posta à barrosã, chanfana e cozido à portuguesa, são alguns dos pratos que estão ao nosso dispor 😉 Junto da aldeia existem umas cascatas que combinam harmoniosamente com o verde dos lameiros. Estão à espera de quê?? 😉
5 – Uz, Vilar de Cunhas
A aldeia da Uz, chama logo a atenção pelo nome curioso (consta-se que deriva da palavra urze) 🙂 Andando pelas suas ruas estreitas, sentimo-nos transportados para uma época remota 😉 Admira a arquitectura rústica das casas e não podes deixar de passar no Fojo (já em direcção ao Samão) uma armadilha com centenas de anos, que servia para caçar os lobos, que tão frequentemente assolavam os moradores e gado da povoação.
6 – Samão, Gondiães
A aldeia do Samão fica na parte mais a nascente do concelho, já não muito longe do concelho de Ribeira de Pena. Para além do interessante conjunto de casas antigas, espigueiros e moinhos é pela famosa Festa das Papas que atrai mais visitantes. Em todos os anos ímpares, no dia 20 de Janeiro comem-se as papas, o toucinho e a broa, em promessa a S. Sebastião por ter livrado estes povoados de montanha, de uma peste que tinha assolado pessoas e animais.
Informações úteis
Como chegar
A7 quem vem por Porto (A3), Braga (A11) ou Vila Real (A24), saída em Arco de Baúlhe. Acessos pelas Estradas Nacionais EN 205, EN 206, EN 210 e EN311.
Gastronomia
Cabrito assado, posta à Barrosã, bacalhau assado com batatas a murro e enchidos. Nos vinhos, reina o vinho verde, que faz parte da região demarcada de Basto. Nas doçarias temos o mel, as compotas e o pão de ló 😉
Onde dormir em Cabeceiras de Basto
Recomendo a Casa de Lobos, alojamento de montanha: quarto duplo – entre 50 a 60 euros / noite com pequeno almoço. A Câmara Municipal também aluga as antigas casas florestais agora convertidas em alojamento de montanha, contacta o Posto de Turismo para as reservas.
Se usa o Booking, faça aqui a sua reserva.
Posto de turismo de Cabeceiras de Basto
Praça da Republica, 4860-355 Cabeceiras de Basto Tel.: 253 669 100; Email: pturismo@cabeceirasdebasto.pt
Mais informações, consulta o site da Câmara Municipal.
Acho que deveria dizer do clima, da melhor época pra visitar, da estrutura de hospedagem (aquecimento) de locomoção, (transporte) do custo de vida, aluguel, casa pra alugar etc
Adorei as imagens das aldeias. Quero muito conhecer Cabeceiras de Basto. O patriarca de nossa família – Carvalho – chamava-se Manoel Antonio de Carvalho. Ele nasceu em Cabeceira de Basto, vila do distrito de Braga ao norte de Portugal. Filho de Antonio Carvalho e Maria Francisca, Manoel veio para o Brasil na segunda metade do século XVIII e casou-se com Úrsula Branca de São José em 03/08/1766 na capela de Bom Sucesso -, cidade do Estado de Minas Gerais. Meu pai. – José Orlando Ferreira de Carvalho era da 5ª geração dos descendentes de Manoel Antônio de Carvalho. O ex governador do Estado de Minas Gerais – Hélio Carvalho Garcia, falecido recentemente, também era descendente de Manoel Antônio de Carvalho.
Obrigado pela leitura, espero que consiga visitar o concelho mais vezes!
SOU DO CONSELHO CONHECO PARTE MAS DESCONHECO MUITO VIVO FORA DO CONCELHO A 53 ANOS ADMIRO PAISAGENS DE ALDEIAS QUE SO CQNHECO DE NOME VOU ESTAR MAIS ATENTO AO QUE E DILVOGADO SOBRE OCOMSELHO OBRIGADOS AOS QUE SE PREOCUPAM EM DIVULGAR O CAB DESC OS LUGARES DA PERIFERIA A EDEALIDADE DEVIA SER MAIS PRECISA NA DIVOLGACAO DOS SEUS VALORES PATRIMONIAS OBRIGADOS